INOVAÇÃO E SAÚDE

<< voltar

INOVAÇÃO E SAÚDE


Data da publicação: 09/02/2021

Entre os anos de 1914 e 1918, durante a primeira Guerra Mundial, um jovem médico trabalhava no front de batalha como cirurgião do exército Inglês. Seu nome era Alexander Fleming. Sua grande frustração durante a guerra era não poder curar as infecções provocadas nos soldados; ele apenas lavava as feridas com ácido carbólico sem nenhum resultado. Ele costumava dizer que na Primeira Guerra Mundial as feridas ceifaram mais do que as balas.

Ao fim da guerra, inconformado com o que vira e sem nenhuma opção de tratamento, decidiu buscar uma nova terapia para essas infecções. De volta ao seu laboratório, no St. Mary Hospital em Londres, passa a dedicar sua vida em busca de um novo tratamento. Em 1928, dez anos após o final da guerra, por descuido e por acaso, uma de suas placas de Petri contendo bactérias contamina-se com um fungo. Ele nota que ao redor do fungo nenhuma bactéria cresceu e, então, cogita que o fungo poderia produzir alguma substância que inibisse o crescimento ou mesmo que matasse a bactéria. Ele, então, isola o fungo e identifica-o como Penicillium notatum. Estava descoberta a penicilina, inaugurando a era dos antibióticos e revolucionando a história da medicina, tornando-se certamente o grupo de fármacos que mais vidas salvou durante toda a história da humanidade.

Movido pela necessidade de encontrar uma solução para o seu problema, incentivado pela curiosidade natural dos homens e mulheres cientistas, Fleming dedicou-se até encontrar o que buscava.

De forma muito semelhante, o brasileiro Gabriel Liguori, acometido, aos 2 anos de idade, por uma má formação cardíaca, passou boa parte de sua infância entre hospitais e cirurgias.

Inconformado, assim como Alexander Fleming, Gabriel estudou medicina da USP em São Paulo, especializou-se em cardiologia e então fundou a TissueLabs, startup que desenvolveu tecnologia para impressão de órgãos e tecidos em impressoras 3D. Ainda longe de chegar à perfeição, mas no caminho certo, Gabriel foi escolhido pelo Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT) como um dos inovadores até 35 anos mais promissores no mundo todo. Nessa mesma escolha do MIT já estiveram presentes Mark Zuckerberg (Facebook) e Larry Page (Google).

Histórias de dificuldades e propostas de superação, assim surgem inovações na área da saúde. Olhe o problema sob uma ótica diferente, não o trate como uma barreira instransponível, mas enxergue no problema um desafio e proponha algo que até então poderia parecer pouco convencional. As inovações são uma mistura de oportunidade, criatividade e trabalho. Foque
nesses três componentes e dedique-se a fazer diferente. Encontre a oportunidade na necessidade, use criatividade inovando e trabalhe dedicando-se ao seu projeto.

Faça. Faça de novo. Faça o novo.

Fernando de Sá Del Fiol

Faça uma busca

Categorias

Newsletter